A linguagem não-binária tem sido vista como uma possibilidade de maior inclusão na sociedade de pessoas não binárias e trans. Trata-se de uma possibilidade de releitura na linguagem e na escrita para que as pessoas que não se identificam com os gêneros gramaticais possam se sentir mais representadas nos contextos sociais. Ao não favorecer um gênero em específico, essa proposta linguística promete também evitar vieses que dizem favorecer o gênero masculino na sociedade (sexismo linguístico).
Pensando em toda a polêmica que envolve essa temática, desde o que seria a linguagem não-binária até a sua implementação na sociedade, iremos realizar um debate com dois linguistas para explorarmos a lógica por trás dessa proposta.
Preparamos um roteiro separado em blocos onde examinaremos em detalhes a premissas dessa proposta linguística, se elas são bem fundamentadas e se faz sentido implementá-la em nossa sociedade.
O debate terá a participação da linguista Raquel Meister Ko Freitag que é graduada em Letras, mestre e doutora em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina, e Fernando Orphão de Carvalho que possui doutorado em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e pós-doutorado pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro.